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Este trabalho procura definir, caracterizar e posicionar as políticas sociais promovidas pelo Estado em Portugal em termos do seu processo histórico, tomando como âmbito cronológico o regime político da I República (1910-1926). Assim, tornou-se necessário abordar as origens mais remotas da intervençăo pública no plano social, ainda no ocaso do regime da Monarquia Constitucional (1890-1910) e compreender os desenvolvimentos ocorridos com a imposiçăo de um regime ditatorial que rapidamente se transformou num regime fascista, escolhendo a designaçăo de Estado Novo (1926-1933). Esse período cumpriu, no plano das políticas sociais, a transformaçăo do edifício liberal da sua aplicaçăo num modelo de corporativismo social que substituiu muito dos pressupostos políticos e ideológicos herdados do passado, ainda que cumprindo um processo que năo operou uma verdadeira ruptura na sua múltipla intervençăo.